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Cuidado com os ataques de “homógrafos”!

Não é o novo vilão da Marvel, mas poderia ser. Os ataques de homógrafos são uma ameaça digital sorrateira e cada vez mais comum, preocupando especialistas em segurança em todo o mundo. Você provavelmente já ouviu falar deles, mas entende como funcionam e, mais importante, como se proteger? 

Imagine a seguinte situação: você recebe um e-mail com uma promoção imperdível da sua loja favorita ou uma notificação urgente do seu banco. O link parece legítimo, o endereço do site é familiar, mas um clique pode te levar para uma armadilha digital. Essa é a essência do ataque de homógrafos, uma técnica de falsificação visualmente quase perfeita.

O que são os ataques de homógrafos?

Sabe quando você digita o endereço de um site achando que é o correto, mas na verdade está caindo em uma cilada? Por exemplo, o conhecido apple.com (verdadeiro) pode ser falsificado como аррӏе.com (falso). À primeira vista, parecem idênticos. No entanto, o segundo exemplo utiliza caracteres de outros alfabetos, como o cirílico, para enganar seus olhos e te redirecionar para um site malicioso, pronto para roubar seus dados.

Como essa "mágica" funciona?

A resposta está no padrão Unicode, que permite que a internet exiba textos em diversos idiomas e alfabetos. O problema é que muitos caracteres de alfabetos diferentes, como o cirílico ou o grego, são visualmente idênticos ou muito semelhantes aos do alfabeto latino, que usamos no dia a dia.

Hackers se aproveitam dessa característica para registrar domínios que substituem letras comuns por seus "gêmeos" de outros alfabetos. O "a" latino pode ser trocado pelo "а" cirílico, o "o" pelo "ο" grego, e assim por diante. O resultado é um endereço que, para o seu cérebro, parece o site oficial, mas para o computador, é um destino completamente diferente: o "quintal do estelionatário". É o clássico "parece, mas não é".

Como não cair nessa armadilha?

A boa notícia é que com atenção e algumas práticas de segurança, é possível se proteger desses golpes. A segurança digital funciona como atravessar a rua: é preciso olhar para os dois lados antes de seguir em frente.

1. Verifique antes de clicar: Em vez de clicar diretamente em links recebidos por e-mail, WhatsApp ou redes sociais, especialmente aqueles com promoções boas demais para ser verdade, passe o mouse sobre o link para visualizar o endereço real. No celular, pressione e segure o link para ver a pré-visualização do URL.

2. Digite ou use favoritos: Para acessar sites importantes, como o do seu banco ou de serviços de e-mail, o ideal é digitar o endereço diretamente no navegador ou salvá-los na sua lista de favoritos.

3. Procure pelo cadeado: Antes de inserir qualquer informação em um site, verifique se ele possui o certificado de segurança SSL. Procure pelo ícone de um cadeado ao lado do endereço no navegador. Se não houver ou se o navegador emitir um alerta, desconfie imediatamente.

4. Mantenha seu navegador e antivírus atualizados: Navegadores modernos possuem filtros e bloqueadores de phishing que ajudam a identificar e alertar sobre sites fraudulentos. Manter seus programas de segurança em dia é uma camada extra de proteção fundamental.

5. Desconfie sempre: Recebeu uma mensagem inesperada pedindo para atualizar seus dados ou verificar sua conta? Desconfie. Empresas sérias raramente solicitam informações sensíveis por meio de links em e-mails ou mensagens de texto. Na dúvida, acesse o site oficial da empresa pelos seus próprios meios e verifique se a solicitação é legítima.

A conscientização é a nossa maior arma contra o cibercrime. Ao entender como os ataques de homóglifos funcionam, ficamos mais preparados para identificar as ameaças e navegar com mais segurança.

E você, já se deparou com um link suspeito ou quase caiu em um golpe como este? Compartilhe sua experiência nos comentários para que possamos aprender juntos a nos proteger!

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